O Brasil pode ter uma vacina nacional contra o novo coronavírus ainda em 2022, se tudo ocorrer como previsto e houver investimentos necessários. O primeiro imunizante nacional contra a Covid-19 está sendo desenvolvido pelo Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto com outros estudos relevantes na mesma área de vacinas.
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A parceria firmada no dia 4 de fevereiro entre a UFMG, o governo de Minas Gerais e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) pode acelerar a produção de vacinas no estado.
TESTES
No ano passado, foram realizados testes em modelos animais (camundongos).A equipe está se preparando para lançar estudos clínicos, seguindo os parâmetros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para depois começar os testes em humanos.
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A perspectiva é que, havendo investimentos, os testes em humanos poderão ser realizados ainda este ano. Conforme a professora Ana Paula Fernandes, na fase inicial do projeto e nas alternativas buscadas pelo CT-Vacinas, foram gastos R$ 5 milhões. Para as fases 1 e 2 - testes em animais -, o valor dos investimentos oscila entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. A etapa clínica, que envolve os testes em humanos, é bem mais cara, alcançando recursos em torno de R$ 100 milhões.
Ana Paula acredita que ao longo dos próximos meses serão concluídos os estudos clínicos da fase 1 e 2, de imunogenicidade e segurança em humanos, prevendo para o segundo semestre o início da fase 3, em humanos. A nova vacina deverá estar disponível no próximo ano.
O ministro Marcos Pontes disse que a vacina da UFMG, desenvolvida com tecnologia nacional, é importantíssima para Minas Gerais e para o país e tem grande relevância para a ciência brasileira.